Uma direção libidinosa e assediadora na Caixa Econômica Federal, é a mais nova surpresa que nos apresenta o inimaginável Governo Bolsonaro. As loucuras deste governo parecem não ter fim, mal deixamos para trás o escândalo dos assassinatos de Dom Phillips e Bruno Pereira por protegerem os indígenas e a floresta amazônica, além dos casos de corrupção no Ministério da Educação, através de pastores evangélicos e o próprio ministro, explode nos noticiários a denúncia dos atos de assédios sexual e moral, tendo como principal agente o próprio presidência da instituição.
Conhecido na Esplanada como “Pedro O Louco”, o já ex-presidente Pedro Guimarães era íntimo do presidente da república Jair Bolsonaro. Sua gestão foi fundamentada pelo terror e atos humilhantes e exóticos. Certa vez obrigou os funcionários a realizar exercícios de flexão de braços de maneira coletiva, chegando a proibir extintores de incêndio na cor vermelha e mulheres com esmaltes da mesma cor, pois eram indicadores de petismo. É um pesadelo que parece não ter fim os sucessivos escândalos do governo Bolsonaro.
Os horrorosos fatos de assédio que envergonham nossa sociedade, são componentes explosivos que assustam o governo em período pré eleitoral. O governo que tenta a reeleição assiste suas possibilidades escorrerem cada vez mais por entre os dedos, com a ascensão meteórica da candidatura do ex presidente Lula com possibilidades reais de vitória no primeiro turno.
As mulheres representam 53% do eleitorado do país. A pesquisa realizada pelo instituto Genial/Quarta por encomenda da Revista Veja em 2022, apresenta dados esclarecedores que nortearão as estratégias de campanha das principais candidaturas mas eleições gerais que se aproximam. Sempre delegadas ao segundo plano da política e das decisões nacionais, as mulheres representam hoje um exército eleitoral invisível e sensível que certamente será bastante afetado pelas denúncias de assédio sexual na Caixa Econômica Federal por parte de sua direção bolsonarista. Os depoimentos das mulheres que sofreram a violência, que surgem em profusão, são uma bomba mortal na candidatura do presidente, no que concerne ao voto feminino.
Apesar da demissão do assediador, os problemas não terminaram. Dentro da administração pública os casos de assédios morais e sexuais são contundentes. Medidas tímidas foram tomadas como o Programa de Combate aos Assédios Moral e Sexual do Ministério da Justiça, que foi lançado com pompa mas nunca conseguiu cumprir seu papel, ou seja, ao que veio
A sociedade espera que esses eventos escabrosos perpetrados pela direção da CEF, possam estabelecer novos patamares de compliance dentro da administração pública e por extensão à própria iniciativa privada. De nada adianta o Brasil solicitar inclusão na OCDE e no Conselho de Segurança da ONU, se os assédios moral e sexual são constantes no cotidiano da plataforma laboral do país.
Pedro Guimarães faz parte daquele contingente masculino que acha que mulher é objeto, um ser inferior. Não é nenhuma coincidência que tenha havido uma perfeita simbiose entre ele e Jair Bolsonaro. O presidente apregoa aos quatro ventos que a vinda de sua filha ao mundo se deu por uma "fraquejada", ou seja, um coito insuficiente para gerar um filho homem. Bolsonaro também é responsável por declarações polêmicas como a do tipo "não te estupro porquê você é feia", proferida contra a deputada congressista Maria do Rosário e outra lamentável onde disse que seus filhos haviam recebido ótima criação e jamais se casariam com uma mulher negra. Em relação a mulher no mercado de trabalho Bolsonaro disse que a mulher tem que auferir um salário menor que o dos homens pois engravida. Há pouco foi condenado pela justiça a pagar R$ 35.000,00 a uma jornalista pelo fato de dizer durante uma coletiva que ela "queria dar o furo". Como parlamentar disse certa vez que usava o imóvel reservado aos parlamentares para "comer gente".
Por essas e por outras que Pedro Guimarães, além de sua personalidade controversa, agia da maneira que agia com suas subalternas na CEF. Dizem os mais antigos que o exemplo vem de cima
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