É o povo
pobre da perifa se lascando nas vielas
E na peleja
desigual do capital contra o povão
O culpado por
sofrer é o coitado do irmão
A justiça
matou no peito e devolveu de canela
É a velha
estória da elite oprimindo a favela
A injustiça
dói! A injustiça dói!
Capitalismo
não rima com igualdade
A injustiça
dói! A injustiça dói!
O genocídio
da negrada é crime contra a humanidade
O sangue do
negão tá convocando lá do chão
Tá lá
desafiando a consciência do povão
Tá lá nos
intimando a fazer revolução
O povo vai
fazer a verdadeira abolição
Somos filhos
de Zumbi e Antônio Conselheiro
Somos cangaço
e herdeiros de Lampião
Somos Malês
fazendo a revolução
Aqui o povo
luta o povo não amarela
Quando a
força da cultura é o comando da favela
No baile
funk, no jongo, na passarela
Na beleza da
passista
Nos artistas
das vielas
Seres
brilhantes diamantes cintilantes
Personagens
fascinantes que a elite atropela
Carlos
Cachaça, Dona Ivone, Zé com Fome, Lecy, Geraldo Pereira, Bid e Paulo da Portela;
Zé Criolinho,
grande Nelson Cavaquinho, Padeirinho, Molequinho, Dona Eulália e o povo dela;
Coluna
Prestes, Araguaia, Abdias, Apolônio, Santo Dias, Chico Mendes, Marighella;
Tibete livre,
África reparação, Palestina pátria livre o bom cubano é meu irmão;
O povo negro
no Haiti fez gol de placa e a elite deu carrinho e até hoje contra ataca;
No USA
(uesseêi) do Mississipi ao Alabama Luther King e Malcoln X prepararam pro Obama;
Falei e
disse, já mandei o meu recado
Seja pobre ou
seja rico é cada um no seu quadrado
Aqui o povo
luta o povo não amarela
Mas no ônibus
da vida o rico anda na janela
Aqui o povo
luta o povo não amarela
Eu sou mais é
João Cândido e Teresa de Benguela.
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