Não consigo traçar um paralelo desses do de fazedores de nações
o herói indiano Mahatma Gandhi e o russo Wladimir Ulianov, popularmente conhecido
como Lenin.
Os heróis cubanos, através de uma revolução popular, através
de uma revolução impensável, retiraram um déspota do poder e estirparam para sempre
o capitalismo da ilha, um câncer que corroía a estrutura social do país
caribenho, com a máfia, o jogo, prostituição, turismo sexual infantil e as
drogas, que destruíam as bases estruturais da nação cubana. A retomada do
território cubano pelo povo através do processo revolucionário, trouxe de volta
a dignidade lá, a emancipação política e a condução do próprio cassino pelo povo
cubano. Não houve concessões ao famigerado sistema onipotente dos EUA, que com
a revolução perdeu seu bordel e cassino preferidos, além da área de influência política
que considerava Cuba um território praticamente norte americano, devido ao lazer,
à defesa nacional e aproximidade geográfica.
Nelson Mandela era filiado ao partido comunista e fez luta
armada por um bom tempo. Preso pelo regime segregacionista sul africano, foi
jogado no cárcere da Ilha de Robben e depois nas prisões de Pollsmor e Victor
Verster por longos e injustos 27 anos, de onde saiu sem mágoas para governar a
África do Sul e receber o Prêmio Nobel da Paz. Mandela pacificou dentro das
limitações possíveis uma nação partida há centenas de anos, para isso abraçou
seus carrascos e os perdoou em nome da união nacional por uma só África do Sul.
Estruturou o Congresso Nacional Africano, conseguindo com êxito fazer a
transição do poder branco para o povo negro sem violência, entrando
definitivamente para a história da humanidade.
Castro e Che e seus camaradas iniciaram uma nova página na
história política mundial. Governando Cuba sem a influência norte americana,
eliminaram o analfabetismo na ilha, onde inauguraram um vigoroso sistema de
saúde que é exportado para todo o planeta. Cuba se tornou uma potência
esportiva mundial e através de uma condução histórica construíram a nova alma
cubana, forjada pelo pelo orgulho de pertencerem a uma pátria livre e pelo cano
do fuzil. O preço da liberdade e da independência política e econômica dos EUA
custou e custa muito caro àquele enclave caribenho. Os Estados Unidos promove
há mais de 60 anos a um criminoso bloqueio econômico ao país, que luta
bravamente contra esses pesados ônus, para manter os benefícios sociais e
políticos obtidos com a revolução.
Che, Fidel e Mandela mudaram definitivamente seus países.
Lula promoveu mudanças pontuais com foco na área social que praticamente
voltaram a zero em suas eficácias após a saída do PT do poder. O número de
miseráveis retornou ao mesmo patamar da era pré Lula, assim como o retorno de
30 milhões de brasileiros ao mapa da fome. Lula não mexeu na estrutura política
e social do Brasil e sim nos efeitos deletérios do capitalismo tupiniquim na
área sócio econômica. Para garantir uma governabilidade mínima, Lula fez
alianças com os principais próceres da
vida política nacional como Temer, Renan Calheiros, Jeddel Vieira Lima,
Sarney, Paulo Maluf, Roberto Jefferson, Jader Barbalho entre outros políticos
de comprovadas condutas nada republicanas.
Lula apesar de ser acusado pelos opositores e conservadores da nossa sociedade, ao contrário de Mandela, Fidel e Che, nunca foi comunista. Lula hoje assumiu nitidamente a posição de centro-esquerda, lugar para onde levou o PT, apesar de muitos esperneios dos filiados mais à esquerda. Lula compreendeu que a distribuição de renda dentro do capitalismo é um dos principais motores de alavancagem do desenvolvimento. O Plano Real deixado por Itamar Franco ajudou bastante, sendo que FHC governou com o apoio robusto da CPMF, que foi extinta pelo Congresso Nacional assim que o PT chegou ao poder.
Lula pode entrar para a história como outros grandes líderes mundiais, para começar terá que mexer em um perigoso vespeiro que é a estrutura fundiária brasileira. Depois, tarifar os ganhos dos ricos, que por mais que pareça absurdo não pagam impostos no Brasil. Outro grande desafio será reconstruir e expandir a malha ferroviária brasileira. Hoje o país fica à mercê de um pequeno cartel de grandes frotas de caminhões que são responsáveis por praticamente todo o abastecimento nacional. Desafio maior ainda será a reestruturação da Educação, com modernização dos currículos, da formação de professores e das estruturas arcaicas das escolas brasileiras. As universidades públicas devem receber os alunos oriundos das escolas públicas, com cotas para alunos das escolas privadas do ensino médio. Somente assim o ensino de base será verdadeiramente valorizado e transformado como merece ser. Na economia deveria fazer uma rigorosa auditoria das dívidas interna e externa e se for necessário, fazer uma negociação para suspender o pagamento dos serviços dessas dívidas até que Saúde e Educação estivessem no nível das grandes economias mundiais.
As forças armadas são um capítulo à parte. Devem cumprir o importante papel de salvaguarda da nação e não de gestão do estado brasileiro como faz hoje, com generais gerindo a Saúde de maneira catastrófica e outros ameaçando as instituições e o estado de direito.
O Congresso Nacional mais se assemelha a um covil de ladrões. Tranam contra o povo brasileiro às escancarado, enriquecendo as custas do erário público. Aqueles que deveriam elaborar leis que elevem o patamar civilizatório brasileiro agem às avessas, mantendo o país no patamar de republiqueta de bananas, em uma república bananeira. Enquanto isso o povo é mantido refém de miseráveis programas assistenciais que mais servem como esmolas institucionais que calam a boca do povo para as grandes falcatruas nacionais.
Enfim, para que seja guindado à condição de grande estadista Lula necessitará mais que fazer viagens internacionais representativas. São as ações internas que promoverão as reais mudanças que transformarão o Brasil.
Em relação aos grandes líderes mundiais citados aqui neste artigo, podemos avaliar, que de uma maneira geral todos foram importantes para seus
países, sendo que um dos mais importantes além de Gandhi ficou de fora desta análise, que foi o
incrível Lenin. Na verdade o russo foi o grande inspirador de todos os principais movimentos revolucionários do
século XX.
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