O Brasil carrega um grave problema que é a sua elite. Guardando as devidas proporções, nossa elite é uma das mais cafonas e incultas do mundo. Geralmente branca e frequentadora dia espaços privilegiados da sociedade, acha que o dinheiro é o passe necessário para controlar a vida cotidiana do país.
Desde as Capitanias Hereditárias que essa gente se utiliza dos privilégios da branquitude endinheirada. A branquitude é o lado ruim da moeda racial, a banda podre da laranja antropológica do tabuleiro social. Ela não somente tem preconceito contra negros mas também contra brancos pobres. Faz as leis do país, dirige os parlamentos, controla o sistema financeiro, o poder das indústrias e do aparato militar.
A pretensa elite brasileira estuda mas não lê. Frequenta os espaços culturais mundo agora para postar no Instagram. Desconhece os pilares da democracia, da sustentabilidade, dia direitos econômicos e sociais.
Com a ascensão do fascismo organizado politicamente a partir de 2018 no país, passou a se manifestar das maneiras mais exdrúxulas possíveis. Desde rezar para pneus, cercar hospitais para impedir interrupções de gravidezes de meninas estupradas, convocar seres extraterrestres para interferirem nas eleições, promoveram um circo de horrores no país que culminou com a invasão de depredação das sedes dos principais poderes em Brasília, visando a derrubada de um governo legitimamente eleito.
Agora nossa “elite”, não satisfeita com as pantomimas peculiares de uma república bananeira, passou a atacar publicamente autoridades e suas famílias, tanto no Brasil quanto no exterior. Falam do direito à liberdade de expressão aviltando um dos direitos mais sagrados da humanidade que é o de ir e vir.
A democracia é o espaço fundamental que abriga o debate entre as ideias divergentes, entre campos ideológicos antagônicos. É um espaço sagrado onde o confronto se dá sempre através de ideias e pontos de vista, nunca nada além disso, que possa alterar o equilíbrio dia pratos da balança da justiça e da democracia plena.
A intolerância nos mostra através da história que as mulheres eram queimadas nas fogueiras da Inquisição Religiosa e tanto o fascismo de Mussolini na Itália como o Nazismo de Hitler na Alemanha tiveram seus recrudescimentos em atitudes e manifestações antidemocráticas similares, que exaravam uma visão canhestra de nacionalismo enviesado travestido de patriotismo. O resultado todos conhecem o que foi o ventre de ignomínias gestadas durante a Segunda Guerra Mundial, com a execução sumária de 6 milhões de judeus civis indefesos nos campos de concentração do Terceiro Reich e milhões de africanos escravizados no Novo Mundo através da empresa colonial europeia.
A elite brasileira é perversa e conspiradora, não admitindo a convivência com os mais pobres e vulneráveis, principalmente no comando da política nacional, a eterna fonte que abastece seus mananciais de privilégios.
O Brasil é uma nação ainda imberbe no cenário da geopolítica global. Os óbices que surgem cotidianamente são originários do nosso projeto de nação fundamentado na escravidão e no colonialismo extrativista.
Vivemos em uma metafísica lisérgica que permite a uma senadora da república afirmar conversar com Jesus Cristo sob uma frondosa goiabeira. Outros contrariam a ciência e a astronomia ao defendem bravamente que o planeta Terra não é uma esfera e sim um planeta plano com bordas limitadas pelo infinito.
Por outro lado líderes religiosos prevaricam escancaradamente, lesando o povo pobre e humilde, do qual arrancam suas parcas economias para sustentar suas vidas de nababos ungidos pelo demônio, cruzando os céus do país em aeronaves que custam milhões de dólares, enquanto seus fiéis vivem na mais absoluta miséria com seus parcos tostões. Essas congregações neopentecostais se colocaram à disposição do projeto fascista no país, em troca de isenções fiscais e outras benesses governamentais, enfurecendo certamente Nosso Senhor Jesus Cristo.
O caminho não é outro a não ser através da Educação, que cumprirá um dia a relevante tarefa de retirar a venda dos olhos dessa nossa combalida nação que pede encarecidamente uma ideologia para viver em paz.
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