segunda-feira, 31 de outubro de 2022
A VITÓRIA DE LULA NO REINO DE NÁRNIA
domingo, 30 de outubro de 2022
A CADELA DO FASCISMO E O VOTO DO MEDO
Está é a primeira eleição que participo onde constato que o medo
é o principal ingrediente do certame. O que antes era uma grande festa cívica, transformou-se
em um imenso movimento opressor, um big brother maléfico, onde o cidadão ou cidadã
que não estiver de acordo c o modelito positivistas, com vestimentas nas mesmas
cores da bandeira nacional, exaltando os símbolos pátrios e preferencialmente ouvindo
o hino nacional é um potencial inimigo da nação e portanto, dependendo da avaliação
do contexto, pode até ser eliminado.
Pela primeira vez vejo as ruas silenciosas. A cadela do fascismo
ronda as avenidas. Uma deputada sacando arma de fogo aqui contra homem negro, homem atirando granadas e disparando cinquenta
tiros de fuzil contra uma guarnição da polícia federal ali e a segurança de um candidato
a governador de São Paulo matando um inocente desarmado acolá.
A política governamental de flexibilização da aquisição de armas
de fogo transformou o país em verdadeiro
faroeste caboclo. Faroeste de um lado só, pois a imensa maioria da população, que
mal consegue comer, nunca irá comprar uma arma de fogo cujos valores são proibitivos
aos cidadãos comuns.
O povo pobre agora vive sendo acossado por essa corja doentia
que resolveu sair às ruas atirando ao seu Bel prazer em quem considere suspeito
ou então por qualquer tipo de altercação.
São tempos sombrios e difusos, onde tememos sair às ruas utilizando
uma camiseta com minha preferência política, pois posso ser assassinado. Também
não posso me manifestar sobre minha opção pelos direitos humanos ou pelo apoio ao
movimento LGBTQIAP+.
É lamentável reconhecer que estamos amedrontados e amedrontadas.
A cadela do fascismo nós espreita em cada esquina, em cada gesto e nas mais inimagináveis
situações cotidianas. Estamos perdendo o Brasil da alegria, da gozação, da liberdade
de credo, da liberdade de manifestação, da liberdade de amar.
Assim Hitler levantou a Alemanha após a República de Weimar,
período que encerrou a monarquia e iniciou o período de democracia parlamentarista,
entre os anos de 1919 até 1933 quando a propaganda nazista passou a questionar as
origens e a eficácia da República Alemã, com o crescimento do movimento socialista.
A burguesia do país passou a apoiar as ideias totalitárias no nazismo, fortalecendo
Hitler com sua ideologias totalitária e de segregação. A máquina de propaganda nazista
passou a explorar a ingenuidade do povo alemão alertando contra a “ameaça comunista”
e exaltando o nacionalismo exacerbado, vigiando cotidianamente todos os passos de
seus cidadãos. Deu no que deu e o resultado foram milhões de mortos na Segunda Guerra
Mundial, com destaque para o grande holocausto
judeu, onde o nazismo ceifou 6 milhões de vidas em seus campos de extermínio.
Qualquer semelhança com o que está acontecendo no Brasil é pura realidade.
segunda-feira, 24 de outubro de 2022
ATIROU NA POLÍCIA E SAIU ESCOLTADO
sábado, 22 de outubro de 2022
Bolsonaros e Dinossauros
segunda-feira, 17 de outubro de 2022
PROSTITUIÇÃO INFANTIL, CORRUPÇÃO E CANIBALISMO - O VERGONHOSO DEBATE ELEITORAL BRASILEIRO
quarta-feira, 12 de outubro de 2022
DINOSSAUROS QUE AMAM O METEORO
sábado, 8 de outubro de 2022
A DITADURA ESTÁ CHEGANDO
A ausência proposital de politização da sociedade por parte das
instituições está levando o país para o fundo de um abismo bastante escuro e assustador.
A população brasileira é conservadora, como a maioria dos povos
onde o cristianismo é a representação religiosa predominante. Aqui falo de cristianismo
e não de catolicismo.
O Brasil está correndo grande risco institucional por parte de
políticos da extrema-direita que pretendem assumir o controle político do Supremo
Tribunal Federal – STF. De acordo com a constituição federal, a suprema corte pode
sofrer sanções por parte do Senado da República. Os senadores podem junto com o
Congresso Nacional, alterar as regras de acesso e tempo de mandato dos juízes da
suprema corte, por exemplo.
O governo Bolsonaro constituiu nas últimas eleições a almejada
maioria no Senado da República. Com a nova configuração o governo pode alterar as
regras do jogo, aumentando o número de ministros do STF de 11 para 15 magistrados,
podendo assim comandar o país de maneira autocrática, sonho supremo do presidente
Bolsonaro.
Caso vença o próximo certame eleitoral, Bolsonaro poderá indicar
mais dois ministros que se aposentarão pela cláusula de idade que são Rosa Weber
e Lewandowski, ambos em 2023. Bolsonaro já possui dois votos garantidos no Supremo
por conta das indicações de Kassio Nunes Marques e André Mendonça, o terrivelmente
evangélico. Com as duas aposentadorias de 2023, caso eleito, indicará mais dois
ministros, que totalizarão quatro votos em um plenário de 11 votos. Com a ampliação
para 15 ministros, Bolsonaro passará a ter oito ministros em 15, ou seja, a sonhada
maioria do Supremo.
Bolsonaro controla com folga a Procuradoria Geral da República
– PGR, que vergonhosamente, através do seu Procurador Geral Augusto Aras, atua mais
como Advogacia Geral da União – AGU, que defende o governo, do que como Ministério
Público, que como missão precípua, deveria defender os interesses da população.
O Procurador Geral ambiciona uma das futuras vagas que serão abertas no STF e por
esse motivo trabalha incansavelmente para atender aos interesses de Jair Bolsonaro,
deixando a sociedade à mercê dos planos políticos do atual presidente e sua ‘entourage'
de extrema direita.
Bolsonaro aliou-se ao Centrão, grupo político parlamentar fisiológico,
criado durante os trabalhos da Constituinte de 1988, com o intuito de negociar politicamente
as demandas apresentadas ao Congresso Nacional. Bolsonaro se tornou refém desse
grupo ao correr o risco de sofrer impeachment durante a pandemia de COVID-19. Com
os votos do Centrão ele se livrou da ameaça, mas caiu definitivamente nos braços
gulosos do grupo que em sua saciedade infinita pariu a excrescência política denominada
Orçamento Secreto, que talvez lhe garanta a reeleição através da compra de votos
da base eleitoral do Centrão.
Resumindo, Bolsonaro que controla o Congresso Nacional, a PGR
e as Forças Armadas, agora caminha para controlar o STF, última barreira que possibilitará
a super concentração de poderes com a consequente instalação do estado de exceção
no país, que significará a perda de direitos e o fim da democracia.
O Brasil está correndo grave risco de perda da institucionalidade
democrática. Enquanto o povo digladia-se entre acusações de banheiros unissex de
um lado e rachadinhas do outro, o golpe do autoritarismo caminha silenciosamente
de acordo com seu planejamento.
A adesão à candidatura de Lula de nomes como Fernando Henrique,
Aloysio Ferreira, José Serra, Pérsio Árida, Pedro Makan, Helena Landau, Simone Tebet,
Ciro Gomes, o CEO da Natura e parte do PIB nacional, não significa rendição ao projeto
petista e sim um ato desesperado de salvação nacional, de salvação da democracia.
São os divergentes se unindo para combater os antagônicos.
Não sabemos se haverá tempo de salvar o país do obscurantismo.
Porém, fica a lição de que o povo necessita de informação política, de pensar corretamente
sobre os destinos da nação, de compreender a necessidade da laicidade do Estado.
Que no próximo dia 30 os eleitores brasileiros sejam iluminados
pelos deuses da sabedoria e depositem nas urnas os votos da esperança e do amor.