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Eu Negro

segunda-feira, 19 de abril de 2021

SLAVE

 


SLAVE

Dia perdido na vida profana

Gritos vadios de loucos na cama

Vagabundos, giramundos, vento solar

Bocas muy locas, paixão de bar, beijar, gozar

Te descobri ao me encontrar entre teus medos

Quando afoguei em teus martírios meus segredos

O paraíso te ofereceu eu, fruta proibida

Sou teu pecado, tua maçã, tua Eva banida

Eu uivo em noites cheias de luas de bourbon

Sou o feitiço que te escraviza e acho bom

Ouvindo sinos que lamentam catedrais

Clamando o fogo que faz me querer mais

Minhas entranhas ardem, queimam, sou vulcão

Em minhas cinzas jazem gotas de paixão

Entrego a lava que escorre nas encostas

Com meu sabor, corpos suados como gostas

Coração quente que acende o que vou dar

Em seus frangalhos de coração amo pisar

Enlouquecendo pulverizo a decência

Sob o hedonismo meu corpo é pura demência

Minha perfídia chicoteia ao luar

Sacerdotisa, te entrego ao altar

Meu cão vadio, meu brinquedo que vive em mim

Meu clown desnudo, meu amor, meu arlequim.

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