BARCA DO DEGREDO
Brisa quente, sopro de vida, primavera
Ninguém disse que amar é agonia
Em um trem que corta a vida e não espera
Mariposas beijam as luzes da cidade
Buscando sonhos perdidos na eternidade
Vulcão de amor que virou cinza em fogo morto
Sob o olhar de um triste anjo torto
Vida que passa espelhada nas vitrines
Onde o amor se exibe em seu reflexo
O tempo passa e a humanidade segue a sina
Fazendo guerras, revoluções, amor e sexo
Não há destino que apague um grande amor
Sentimento que consome em perdição
Força estranha despedaça como um raio
Fazendo a mente ser cativa ao coração
Pelos canais da existência sigo em frente
Sigo na nau dos deserdados mar afora
Levando a gente sem amor pelos baixios
Singrando as águas de esperanças de outrora
Sigo na barca dos renegados em triste fado
Ígneos portais do purgatório me recebem
Recebem a barca do degredo na corrente
Com exilados do amor eternamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário